Especial: Velozes e (não tão) Furiosos do Futebol

Por RONIEL FELIPE

Diferentemente dos tempos em que se amarrava cão com lingüiça (boa, Felipão!), o chamado futebol moderno exige muita velocidade de seus praticantes. Seja na pelada contra os manes da rua de cima, ou na final do Copa do Mundo, jogadores velozes são importantes. Tal relevância é simples. Se o sujeito corre, logo chega ao gol, embora muitos jogadores velozes sejam péssimos chutadores e, em alguns casos, mal sabem fazer um bom cruzamento. Na importa, este tópico é pra falar dos nosso queridos Papas-Léguas. Postem os seus prediletos e suas respectivas fichas técnicas e comparativas.

Baseiem-se nas leis da física, em experiências próprias e, principalmente, no seu vasto conhecimento das notas técnicas de speed e acceleration dos apelões do WE. Vamos lá, negada. Com vocês, os Ussains Bolt da redonda:


O incrível japonês voador (que era parado apenas na voadora)

Bem antes de usarmos os nigerianos voadores para apelar no WE, pelas bandas nipônicas havia um homem de cabelo longos que desafiava as leis da física. Seu nome é Okano. Masayuki Okano. Descobri sua velocidade jogando os primeiros WEs, durante o início da década de 90. Como no joga da Konami, Okano era pura velocidade, mas pouca objetividade. Corria, corria, corria, e vez ou outra marcava gols, mas quem se importa com isso? Tai um sujeito que facilmente escaparia do Godzilla. Nem Jaspion e sua Alan Moto Space venceriam o lendário japonês voador numa corrida de 100 metros.

Um infeliz marcador que ficou no vácuo e perdeu o braço ao tentar acompanhar a velocidade de Okano

Corrida: Surreal
Passe: Ridículo
Cruzamento: De cada 25 acertava 2.

Mais sobre Okano em: http://www.wldcup.com/Asia/jleague/reds/okano.html


A grande farsa nigeriana

Muito mais que uma lenda do WE (run 99/acc 99), Tijani Babangida ou Baba, para os íntimos, é uma daquelas simpáticas figuras futebolísticas lá da terra dos leões e do povo sofredor de sorriso tenro. Babangida deu muito trabalho aos seus marcadores. Pequeno, utilizava suas pernas curtas e suas passadas fantásticas para chegar até a linha de fundo e desperdiçar cruzamentos. Toda vez que vejo o clássico “Os Deuses Devem estar Loucos”, me lembro desse sujeito. Ao lado de Sunday Oliseh, Taribo West, o príncipe Rufai e o folclórico e Nwankwo Kanu, Babandiga fez parte de uma das mais criativas e imprevisíveis seleções que vimos jogar: a temida Nigéira de 96-98. Em tempo, vale lembrar um história genial dos grandes irmãos africanos e nossos queridos hermanos. Na Olímpiada de Atlanta, a seleção Argentina havia chegado à final do torneio. Os adversários seriam Brasil ou Nigéria. Um dos jornais argentino, se não me engano o Olé, deu a seguinte chamada para o jogo entre os brasileiros e os africanos. “Que venham os macacos”. O castigo veio bonito, e os argentinos levaram um show de bola com direito a gaia (rolinho) e dancinha africana. A dinastia segue, e Babangida tem dois irmãos boleiros e adivinhem se eles correm ou não. Salve a Mam Baba (prima da Mama África) e sua técnicas de pajém onde crianças são criadas correndo dos leões.

Corrida: O campeão do WE
Passe: Bom
Cruzamento: Risível



Não achei vídeos do Babangida pois nenhuma câmera foi capaz de registrar sua imensa velocidade. Porém, lhes agracio com um dos mais deliciosos momentos olímpicos de todos os tempos. Chupem, argentinos. Os macacos vieram com tudo. Deviam fazer um filme sobre essa história linda.


De Recife a Sampa em 15 segundos

Polêmico, falador, bricalhão e muito, mas muito rápido. Assim era Isaílton Ferreira da Silva, mais conhecido como Mirandinha. Ídolo da fiel, Miranda formou dupla de ataque com o não mesmo fanfarrão Túlio, o Sr. Maravilha, porém, o nordestino papa-léguas tornou-se famoso por ser carrasco do Palmeiras. Sempre que o Curintia enfrentava o Palmeiras, o ponta-de-lança deixava sua marca. Santos e São Paulo também foram alvo das gozações de Mirandinha que dente tantas tretas, arrumou um auê com o Paulo Sérgio Rosa, o eterno Viola da Fiel (na ocasião o mais mano dos Curintianos desejou que Miranda participasse do quadro de TV “De volta à minha terra”). Explico: Para provocar o traid..digo, o Viola, que havia trocado o Timão pelo Parmeira, Miranda comemorou seu tento “tocando viola”. Ah... E quem falar do Miranda vai ser ver comigo, afinal ele é meu amiguinho de Orkut. Mesmo que você seja um palmeirense magoado, procure o perfil do Miranda. Tem umas fotos bem legais e nostálgicas.

Corrida: Fantástico
Passe: Bom
Cruzamento: Bom

Tocou Viola, Tocou o terror no Parmeira.

3 comentários:

  1. tendo noções de futebol. assumo sou uma mulherzinha femea que não entende nada de futebol. entendia. até assistia ao jogo do plameiras em pé, pulando e gritando para o marcos salvar os penaltes.. hoje em dia sou um fracasso.

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  2. Babangida, Roberto Carlos e Shevchenko eram os mais rápidos, não é?

    Até hoje tenho uma tendência a jogar pela lateral no WE por causa do RC.

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  3. Olha não sei se vocês lembram, não no WE mas na vida real, veio uma vez para Gavea um nigeriano, o homem corria demais, não jogava nada, até um dia a diretoria mandar ele embora e dizer que el deveria tentar o atletismo.kkk. Cara belo texto, muito bom mesmo. Ah e ve se não some dos debates blogsticos.


    http://pitacosdobodaum.blogspot.com

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